O capim braquiária, principalmente o brizantha, é responsável por causar o efeito da alelopatia, um fenômeno químico provocado por uma toxina seletiva desenvolvida por ácidos existentes nas gramíneas. No entanto, isto ocorre somente se não houver um manejo adequado da lavoura.
Com o uso adequado de corretivos, herbicidas e revolvimento do solo nas faixas de plantios das culturas implantadas em consórcios ou nas áreas que foram pastagens anteriormente, não existirão barreiras que impeçam o desenvolvimento da outra cultura, ou seja, do café.
Sendo assim, o café pode até mesmo tirar proveito da associação com a braquiária, caso o manejo seja adequado, pois a roçagem constante do capim acaba promovendo uma cobertura morta, o que evita a exposição do solo e, consequentemente, a maior perda de água. Além disso, irá impedir a germinação e o desenvolvimento de outras plantas. Mas isso não impede de, quando necessário, fazer uso de herbicida específico para eliminar o capim e manter a cobertura morta.
A cultura do café só será prejudicada pelo consórcio com a braquiária se ele não passar pelos tratos culturais necessários e não receber um manejo apropriado. Caso contrário, à medida que a planta do café for se desenvolvendo bem nutrida e for ganhando altura, o capim irá cedendo área.
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